terça-feira, maio 16, 2006


-Era quase um crime ela ser tão gostosa. Estilinho de secretária, cabelo preso, óculos com aro escuro, corpo escultural revestido pelo terninho feminino, taier, sei lá. E ainda por cima a maior cara de sem vergonha possível. Sabe? Aquele tipo de mulher que quando passa é impossível você não olhar. Devo ter batido umas dezoito punhetas pra ela. Mas o mais foda de tudo era saber que ela já tinha dado pra metade do departamento. Sério! Tenta entender meu lado! Porra, por que que ela trepava com tudo quanto era cara que chegava nela e não comigo? Tentei tudo quanto é tipo de xaveco e só recebi "não" de volta. Comprei presente, mandei flores, escrevi carta de amor, tudo essas porras e ela insistia que só me queria como amigo. Vai se foder, que amigo o quê? E aquilo foi crescendo dentro de mim, aquele puta ódio. Quando meu melhor amigo veio pra mim num dia ruim e falou que tinha comido ela de tudo quanto era jeito eu pipoquei. Surtei total, sabe? Catei o carro na mesma hora e fui até a casa dela. Toquei a campainha e assim que ela abriu a porta já dei na cara dela e entrei. Ela tombou pra trás com o tapão e eu xinguei a vadia de tudo quanto é nome: piranha, safada, vagabunda, falei que ela tava tirando uma com a minha cara e etc.. Pulei pra cima dela pois eu tava fora de mim. Ela se debateu e gritou um pouco, mas eu tapei a boca dela e já fui tirando as calças...
-Você tentou estuprá-la e acha isso normal? Quer que eu te dê razão? - disse o delegado severamente, apoiando o queixo na mão direita.
-Calma, deixa eu terminar. - continuou o rapaz - Daí quando eu pus pra dentro, ela parou total! Parou de se debater e tudo e começou a curtir a coisa. Deu um sorriso mega-safado e começou a gemer gostoso, arranhar minhas costas e o escambau a quatro. Doutor, fizemos de tudo. No sofá, na cama, em toda superfície da casa dela. A mulher era incansável. E ela falava todo tipo de besteira, um monte de palavrão, que era para eu me entregar pra ela e tudo mais. E, porra, no barato todo que tava eu disse que me entregava mesmo e todo o bla bla bla que ela queria ouvir. Daí como ninguém é de ferro eu apaguei total depois da última que a gente deu. Quando eu acordo, eu to amarrado naquela sala que eu te falei, cheia de corrente e uma coisas muito macabras pra tudo quanto é lado. Eu tava amordaçado e acorrentado, pendurado no teto. Daí me entra um monte de gente encapuzada, carregando um monte de faca e objetos de sex shop, sabe? E advinha? Fizeram comigo o diabo todo que nem quero lembrar. Me enfiaram aquelas porras, me cortaram com faca, me fizeram cheirar uma merda dum incenso que me deixou grogue pra cacete e etc. Você já sabe que eu só acordei aqui hospital, todo fudido, estuprado, rasgado, depois do cara que me achou na rua. Eu to contando tudo isso pois eu fiz parte de um ritual bizarro que vai ficar marcado na minha memória por muito tempo. Então eu quero que você prenda aquela puta. A vadiona me fodeu legal. Os médicos disseram que eu só vou sair daqui em um mês e que nunca mais vou poder ter ereções ou inclusive andar direito. Então eu quero indenização. Conto com você doutor.
-Muito bem. Bom saber que você lembra de tudo. Isso fará uma grande diferença no tribunal. Mas me diga uma coisa... que desculpa você deu pra sua mulher?
-Bem, eu falei pra ela que eu tinha sido atropelado.
-Entendo. Inclusive é o que está marcado aqui no relátorio. - ele suspira e sorri, olhando para o homem na cama - Só não sei porque você me contou tudo isso com todos os detalhes. Achei que você fosse inocente.
-He, he... bom, ninguém é perfeito. Eu nunca disse, na verdade, que eu era inocente, entende?
-Claro que eu entendo. Afinal, eu nunca disse, na verdade, que eu era da polícia.

Sob os olhos espantados do paciente ele saca a arma com o silenciador na ponta e dispara duas vezes. O monitor de vida não faz barulho, pois fora desligado enquanto ele se empolgava com a estória. A porta do quarto abre e uma belíssima mulher entra no quarto. Ela vira para o suposto delegado e diz:
-Desculpa. Depois do ritual eu tinha certeza que ele estava morto. Não vai acontecer novamente. Prometo.
-Tudo bem, meu anjo. Não tem problema. Sabe que eu estou sempre à disposição. - ele põe a arma nas costas, presa nas calças e continua - Ok, são cinco mil, como de costume.
-Sem problemas. Posso te dar um cheque? Ou você prefere algo mais íntimo?

Eles saem do quarto abraçados e rindo um com o outro. Param em um bar para tomar uma cerveja e vão para a casa dela, onde ela prova que a decisão dele de não preferir o cheque vale cada centavo.

2 comentários:

Anônimo disse...

Tá vendo o que eu falo, mais uma vadia.
O cara na dele, (safado, mais na dele) Trabalhador, amante da familia e aparece uma VADIA pra acabar com tudo. E os filhos dele? Agora estão por aí nos faróis da vida, dizendo:
-Ai tio! tem uma querilinha ai pra eu poder bater um sanduba? Pô tio só isso? tira mais algum do pocket aí vai. To na maiô larica.
Eu falo cara, mulheres que acabam com o berço familiar, adivinha o que merecem? Isso mesmo, cabo de monitor nelas.

Lady disse...
Este comentário foi removido pelo autor.