segunda-feira, agosto 28, 2006

Dizem que quando você enfrenta a morte, momentos da sua vida passam pelos seus olhos com um filme, num piscar de olhos.
Isso é mentira.

Aqui estou eu, sentindo o último suspiro de vida em meu corpo e o que vejo são as conseqüências das escolhas que fiz e daquelas que não fiz. É claro que você pode pensar que isso é obvio, pois nossa vida é o resultado das escolhas que fazemos. Mas o quanto realmente paramos para pensar nessas escolhas antes de fazê-las? Como realmente reagimos perante uma situação que pode de uma maneira extraordinária afetar o resto de nossas vidas?
No meu caso, que rumo minha vida teria tomado se tivesse aceitado o emprego que meu tio ofereceu na fazenda ao invés de me alistar nos Fuzileiros Navais? Ou se tivesse vencido a timidez e me aproximado da linda garota que sorriu para mim no vagão do metro a caminho do Centro de Recrutamento da Marinha em Nova York.

Eu nunca vou saber.

Mas nesse exato momento de desprendimento é como se, de alguma maneira, meu subconsciente estivesse me mostrando que esse final poderia ser diferente e essa dor poderia ter sido evitada e, quem sabe, eu acabaria meus dias ao lado da garota do metro na minha fazenda no interior da Louisiana com meus filhos e netos e não numa praia francesa do outro lado do Atlântico.
Posso sentir o sangue subindo na garganta, o final está próximo. Posso ver as traçantes das MG 42 alemãs passando por cima da minha cabeça.
O ar cheira a morte.

Mas quer saber?! Não me arrependo. Pois estou morrendo da maneira como escolhi, apesar de ter apenas 18 anos, minha vida, tenho certeza, irá servir para um propósito maior e o que estamos fazendo hoje na costa da França será lembrado por incontáveis gerações no futuro.
Meu nome não é importante.

O importante é saberem que eu junto com milhares de outros jovens de diversas nações, no dia 06 de junho de 1944 às 06:36 da manhã desembarcamos na Normandia na operação que ficará conhecida na historia como o DIA D.
Às 06:38am sob o fogo cerrado de metralhadoras, morteiros e artilharia eu me despeço com a sensação de dever cumprido.
Boa noite...

Escrito por João Marcos

4 comentários:

Tigre disse...

i can't underdtand your writing, it appears to be some sort of foriegn squiggles. English is the only acceptible internet language.

Julien De Lucca disse...

It's not my fault that you are a dumb fuck, is it?
If you cannot understand you can either learn a new language or stop wasting your time writing such useless crap. Boa noite.

Anônimo disse...

Puta texto fudido... Me lembrou Band of Brothers...

Lady disse...
Este comentário foi removido pelo autor.