sexta-feira, março 31, 2006



Porra, e eu que pensava que podiam existir excessões. Tá lá o imbecil com o cano na cara da moça, de novo. Aposto que ele vai me mandar largar a arma senão atira nela. Que merda. Odeio essa situação.
--Polícia! Larga a arma. Você está cercado!
--Tá louco? Larga você a arma ou eu atiro nela! - e aperta a .357 na têmpora da pobre secretária.
--Cara! Se liga! Se você matar ela eu atiro na sua testa! É ilógico pensar em uma situação de possível futuro quando à sua frente encontra-se um oficial armado que, por direito e função de exercer a lei e impor a ordem, certamente irá disparar contra você assim que o refém estiver fora da questão primordial. Ou seja, se não houver refém, não existe realmente motivo para você sair deste prédio andando, sendo assim, atirar na cara dela é a mesma coisa que atirar na sua própria cara.
--Er... O que? - diz ele com cara de quem escondeu a bolinha.
--Ok, resumindo, se você matar ela eu mato você.
--BLAM! - ele atira em mim. Pega em cheio no colete e me quebra umas duas costelas.
--Ok, entendi. - digo largado no chão, morrendo de dor - Como eu não tenho como refém um dos seus amigos você fez o que nenhum vilão de filme americano faz. Você atirou em mim. Tá ceeeeeeerto. Você sabia que eu não ia revidar. Hmmm... bem esperto, sem dúvida. Beleza. Cadê minha arma?
--Tá alí no canto. Mas se você tentar alcançar ela eu mato o refém.
--Duvido que você tenha coragem pra...
--BLAM! - ele atira no refém, espalhando os miolos da moça pelo chão.
--Porra bicho, deixa eu terminar de falar! Olha a merda que você fez agora! Eu ia falar que achava que você não tinha coragem pra sair correndo em paz! Tá ligado, psicologia reversa?
--Agora acabou a discussão. Diz adeus pra tua vida!
--Se eu estou dentro da minha vida, como eu posso dizer adeus pra ela sem que isso cause uma descontextualização da forma que você...
--Blam! - Ele atira em mim de novo, estraçalhando minha coxa esquerda.
--MAS QUE CARALHO! Pára com essa mania besta de atirar nas pessoas! Será que você é tão frustrado assim que não consegue ser homem sem usar uma arma!??!
--BRAKK! - ele pega um cabo de vassoura e arrebenta ele na minha perna direita.
--Ok, ok... entendi. Você tem a razão na forma de um pedaço de pau. Seu argumento irrefutável de querer a liberdade incondicional parece que realmente tem uma lógica e um ponto de vista ímpar. Você pode ir. Eu não vou mais prender você.
--Clic! Clic! Clic! - ele fica sem balas.
--Tá vendo. Mesmo com esse seu descontrole emocional de querer de novo fazer com que eu cale a boca, este divino sinal de que não é exatamente a hora de causar uma chacina, representado aqui pela sua recente falta de munição, demonstra que sua única opção é imediatamente sair pela porta dos fundo e reencontrar-se com seus amigos meliantes que, provavelmente, estão lhe esperando com o carro ligado lá fora, para sair daqui rapidamente e gastar os lucros do furto.
--Flink! - ele tira o pino de uma granada, larga ela do meu lado e corre para a porta.
--Olha a criancisse! Pra quê, me fala?! Você pode sair vitorioso mas tem que dar a última cutucada né?! PULTA como isso me irrita! - levanto babando, pulo nos pés dele e cubro ele de porrada, até ele parar de se mexer.
--KABOOM.

5 comentários:

Anônimo disse...

What?!

Anônimo disse...

NonSense Violence!

Anônimo disse...

sabia que eles iam terminar juntinhos...hehehe...

Anônimo disse...

Err... então tá!!

Lady disse...
Este comentário foi removido pelo autor.